(Pablo Neruda)
Amazonas,
capital das sílabas da água, pai patriarca,
és a eternidade secreta das fecundações,
te caem os rios como aves,
te cobrem os pistilos cor de incêndio,
os grandes troncos mortos te povoam de perfume,
a lua não pode vigiar-te ou medir-te.
És carregado de esperma verde,
como árvore nupcial,
és prateado pela primavera selvagem,
és avermelhado de madeiras,
azul entre a lua das pedras,
vestido de vapor ferruginoso,
lento como um caminho de planeta.
Pablo Neruda: Filho de um operário ferroviário e de uma professora primária, nasceu em 12 de julho de 1904, na cidade de Parral (Chile). Seu nome verdadeiro era Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Perdeu a mãe no nascimento. Em 1906, a família muda-se para a cidade de Temuco. Começa a estudar por volta dos sete anos. Ainda em fase escolar, publica seus primeiros poemas no jornal “ La Manãna”. Em 1920, começa a contribuir com a revista literária “Selva Austral”, já utilizando o pseudônimo de Pablo Neruda.
Alunos: Jedielson Luiz de Carvalho Abreu Nº 21
Larissa Medeiros de Souza Nº 25