segunda-feira, 21 de maio de 2012

Soneto do amigo

(Vinicius de Moraes)



Enfim, depois de tanto erro passado,
Tantas retaliações, tanto perigo,
Eis que ressurge noutro o velho amigo.
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado,
Com olhos que contêm o olhar antigo,
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano,
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica,
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913. Poeta do amor e da comunhão, participou de toda a renovação da música brasileira em parceria com os grandes compositores do país.Vinícius de Moraes passou a vida rompendo convenções sociais. Passou da poesia culta para a popular, misturando ritmos brancos com negros, samba com candomblé e o comportamento aristocrático com o boêmio.





Alunos:Gabriel souza     n° 14
             Madson Aguiar  n° 28

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