segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Equilibrista


(Orides Fontela)
















Essencialmente equilíbrio:
nem máximo nem minimo.

Caminho determinado
movimentos precisos sempre
medo controlado máscara
de serenidade difícil.

Atenção dirigida olhar reto
pés sobre o fio sobre a lâmina 
ser numa só idéia nítida
equilíbrio. Equilíbrio.

Acaba a prova? Só quando
o trapézio oferece o vôo
e a queda possível desafia
a precisão do corpo todo.

Acaba a prova se a aventura 
inda mais aguda se mostra
mortal intensa desumana
desequilíbrio essencialmente.


 (São João da Boa Vista SP, 1940 - Campos do Jordão SP, 1998) publicou seus primeiros poemas em 1956. Em 1967 teve dois poemas publicados no Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo. Seu primeiro livro de poesia foi lançado em 1969. Recebeu o prêmio Jabuti de Poesia, em 1983, pelo livro Alba, e o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1996, pelo livro Teia.


Alunos:
Jedielson Luiz     Nº 21
Larissa Medeiros   Nº 25

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